segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Putz, se arrependimento matasse...
sábado, 28 de agosto de 2010
Cinco Letras
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Rápido
As coisas estão acontecendo rápido demais e por mais que eu saiba que eu ainda tenho tempo de me impedir... Melhor deixar assim.
sábado, 14 de agosto de 2010
Quebra-Cabeça
Sabe, eu sempre fui de me apegar muito as pessoas. Já tinha tido várias melhores amigas antes, não tenha dúvida, mas você era diferente de tudo o que já tinha passado pela minha vida. São várias as características que te diferenciavam das outras. Primeiro, antes de virarmos amigas eu sempre te vi como um monstro cruel e falso e eu te odiava muito, mesmo. Segundo, você ia totalmente contra meus princípios. Terceiro, você estava sempre paquerando os meus paqueras, sem se importar se eles eram do meu passado, presente ou sonhado futuro.
Éramos totalmente diferentes, mas eu acabei gostando de você. Não sei porque: provavelmente é simplesmente porque tenho tendência a preferir coisas ruins. Não estou te chamando de ruim, mas você sabe que, para pessoas como eu, é muito mais seguro ficar longe de pessoas como você.
Aos poucos, fomos nos adaptando, até que estávamos até que parecidas. Mas essas coisas em comum eram só superficialmente: eu ainda era bobinha e você a vilã, eu ainda era frágil e você forte, eu ainda queria casar e ter filhos e você ficar com cinco caras numa noite só.
Depois que conheci novos mundos acabei me enjoando de tudo e, depois de receber inúmeras patadas, simplesmente aprendi que não era isso que eu queria e que o melhor para mim seria me afastar. Você foi difícil, no começo. Por vezes me fez pensar que não daria certo sem uma amiga me acordando de madrugada para contar coisas inúteis, ou então deixando de contar coisas importantes por ter medo da minha reação como pessoa conservadora.
Mas depois eu me acostumei. Um dia simplesmente não quis mais saber de você, te dei um chute na bunda e uma facada nas costas (para não ser tão malvada e fazer pelo menos um curativo, feliz aniversário atrasado).
Não sei você, mas algumas vezes eu realmente sinto falta dos dias que passei ao teu lado. Mas eu consigo pensar nas coisas ruins que você fez para mim e então fico bem novamente.
A intenção do texto era, na verdade, te agradecer pelo tempo que você ficou comigo. Fugi totalmente das minhas intenções, perdoe-me. Falando em perdoar, eu perdôo você. Não sei se queres meu perdão, mas de qualquer forma estou dando. Porque desde a primeira vez que eu te vi, quando eu ainda te odiava, sabia como você era. Você é assim: fria. E nem sempre isso é ruim, não estou tentando te ofender. Você sabe que é assim e pronto. Da mesma forma que eu sempre soube que pra você não teria problema me passar a perna, ficar com o grande amor da minha vida ou me largar por um garoto qualquer. Eu sempre soube mas tive esperança de que talvez você mudasse, pois nossa amizade era realmente valiosa.
Vai marcar pra sempre, pode ter certeza. Podemos nem olhar mais uma na cara da outra, mas não vou te esquecer. E eu parei de gostar de quebra-cabeças: exigem muito de mim e acho que já passei da idade para arranjar outro brinquedo. Espero que pra você esteja tudo bem: guarde suas peças em uma caixinha... Quem sabe no futuro poderemos nos reunir, tentar montar e simplesmente rir dos rumos de nossas vidas? Estou cuidando bem das minhas.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Abandonada...
Analisando tudo, cheguei a conclusão de que sou uma garota tola, burra, que merece sofrer amargamente até aprender a lição. Tive chance de fugir tantas vezes, e mesmo assim a fonte de dor me atraía. É incrível como uma boa porção de dor é irresistível para mim, ainda mais acompanhada de um par de olhos azuis, um sorriso com covinha e bochechas rosadas. É tão difícil pra mim amar alguém desse jeito, e quando o amor vem, insiste em ser logo pra coisa errada, logo com a intenção de me machucar. A cada ferida, construo um muro mais alto e mais resistente ao meu redor, e fico cada vez mais fria, mais inacessível. Porque diabos deixar eu me machucar pela mesma pessoa três vezes? Na primeira vez foi um beliscão, na segunda um tapa com direito a um soco, e na terceira foi um buraco fundo no peito, e depois ainda jogaram sal em cima. A dor que eu sinto é... Inexplicável. É como se alguém trancasse todas as minhas veias, e por mais força que eu corpo faça, não tem como o sangue circular. A qualquer momento eu posso explodir. Eu sinto o coração com toda a sua força lutando para passar o sangue, sinto o sangue sendo jogado pra frente e lançado contra uma barreira. Minha garganta fecha também, se torna seca e dói demais. Eu sinto meus braços moles pela falta de circulação, e em cada junta do corpo uma dor que cresce cada vez mais. Eu não enxergo direito, vejo tudo embaçado, e me esforço ao máximo para simplesmente entrar em um mundo que é só meu e onde ninguém vai me machucar... e me abandonar. E onde está você?
domingo, 1 de agosto de 2010
Despedida
Então mais lágrimas caíram. Os gestos robóticos voltaram e ela, automaticamente, retirou as manchas do rosto, secou a face com delicados algodões e refez a maquiagem pela quarta vez. Em pouco tempo a máscara já estava refeita e ela encarava olhos sem expressão.
Do outro lado do espelho um corpo sem vida a encarava. Ela poderia sentir a dor que crescia constantemente, querendo arrebentar sua garganta e explodir suas veias, se não estivesse tão submersa em seus próprios solidão e lamentos. Era isenta de qualquer sentimento, estando ali apenas em corpo e já não mais em alma. Quase não sentiu a pequena mão que tocou seu ombro numa tentativa de conforto.
- Vou estar aqui.
- Não será de muita ajuda se estiver chorando. Preciso do seu sorriso.
- Eu vou estar pra sempre aqui.
E no momento seguinte as duas estavam a centímetros de distância, uma encarando os olhos da outra. A pequena criatura loira soluçava, com os olhos azuis vermelhos e brilhantes. Abraçou a morena e colou os lábios na pele macia do pescoço. “É hora de ir”, sussurrou, e deu um leve empurrãozinho na outra.