segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Abandonada...

Analisando tudo, cheguei a conclusão de que sou uma garota tola, burra, que merece sofrer amargamente até aprender a lição. Tive chance de fugir tantas vezes, e mesmo assim a fonte de dor me atraía. É incrível como uma boa porção de dor é irresistível para mim, ainda mais acompanhada de um par de olhos azuis, um sorriso com covinha e bochechas rosadas. É tão difícil pra mim amar alguém desse jeito, e quando o amor vem, insiste em ser logo pra coisa errada, logo com a intenção de me machucar. A cada ferida, construo um muro mais alto e mais resistente ao meu redor, e fico cada vez mais fria, mais inacessível. Porque diabos deixar eu me machucar pela mesma pessoa três vezes? Na primeira vez foi um beliscão, na segunda um tapa com direito a um soco, e na terceira foi um buraco fundo no peito, e depois ainda jogaram sal em cima. A dor que eu sinto é... Inexplicável. É como se alguém trancasse todas as minhas veias, e por mais força que eu corpo faça, não tem como o sangue circular. A qualquer momento eu posso explodir. Eu sinto o coração com toda a sua força lutando para passar o sangue, sinto o sangue sendo jogado pra frente e lançado contra uma barreira. Minha garganta fecha também, se torna seca e dói demais. Eu sinto meus braços moles pela falta de circulação, e em cada junta do corpo uma dor que cresce cada vez mais. Eu não enxergo direito, vejo tudo embaçado, e me esforço ao máximo para simplesmente entrar em um mundo que é só meu e onde ninguém vai me machucar... e me abandonar. E onde está você?

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